Translate

Showing posts with label massacre de Hama. Show all posts

Síria: 361 civis massacrados em Hama em 1 hora.

Um massacre após o outro. Um número cada vez maior de vítimas inocentes. Civis desarmados sendo a maioria de crianças e mulheres. Uma rotina que não há quem impeça. A livre ação do regime sírio como resultado da inércia das Nações Unidas. Até quando?


Bombardeios criminosos continuam na Síria
Por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional na Revolução Árabe do BlogHumans)
Rio de Janeiro, 13 de Julho de 2012 - 07h53 GMT-3

  Na região rural de Hama por volta das 05 horas da manhã desta quinta-feira 12, o exército sírio iniciou o bombardeio da região sem qualquer aviso. Ao cessar a criminosa operação, as tropas militares, forças de segurança e milícias de shabihas começaram a fazer revistas nas casas. Isabelle Prax, uma de nossas ativistas e correspondente disse que testemunhas que sobreviveram contaram que após deixar as casas, as forças do regime incendiavam as residências com as pessoas ainda dentro delas. Testemunhas ainda disseram que as pessoas que conseguiram escapar aos bombardeios e ao incêndio foram perseguidas e "abatidas à facadas".
Pelo menos 100 corpos de maioria de mulheres e crianças foram encontrados às margens do Rio Orontes.
   As fontes ainda disseram que há muitos corpos que foram lançados no rio A'asi e que muitos corpos ainda continuam sendo encontrados nas fazendas, denunciando ainda que muitas famílias estão desaparecidas.

Até o momento a noite de ontem 220 vítimas deste novo massacre haviam sido confirmadas pela CCLSy (Comitê de Coordenação de Locais da Síria). 150 corpos foram encontrados na mesquita de AlTreimseh, enquanto outros 70 estavam espalhados pelas ruas de Hama. Testemunhas oculares contaram a Isabelle Prax que três famílias que haviam fugido de outra cidade sitiada foram encontradas carbonizadas em Hama.

Os números da mortandade desta quinta-feira ainda não podem ser calculados em função de muitos corpos permanecerem sob os escombros, depois que os bombardeios derrubaram suas casas sobre suas cabeças e a região permanece sob controle do exército sírio regular.

Isabelle Prax e Dima Alrafaay confirmaram que ontem o Coronel Riad Alassaad enviou uma mensagem apara o povo sírio para que iniciem uma greve nacional em protesto ao massacre de AlTreimseh e convocou toda a população para empunha armas e se unir ao FSA no esforço de derrubar o atual regime liderado pelo sanguinário ditador Bashar Al-Assad.

O relatório atualizado nesta manhã de terça elevou o número de mortes a 361, o que corresponde a 6% da população que varia entre 5 e 7 mil habitantes na aldeia de AlTreimseh há 35 Km a Oeste de Hama. O número de feridos apontados pela "ASDH" Associação Síria para os Direitos Humanos; é de 320, mas afirmou nesta manhã que os número não param de crescer, porque há muitos corpos sendo encontrados nas águas dos Rios. Revelou a fonte ainda que há pelo menos 100 pessoas presas em consequência da "operação militar paralisante" que dominou outras 3 regiões vizinhas a AlTreimseh.

A "ASDH" disse ainda que a Missão de Observadores das Nações Unidas se propôs a ir até o local dos massacres verificar as denúncias. Lembrando que desde o dia 15 de Junho passado a Missão dos Observadores está suspensa em mais de 80% de suas atividades em função da crescente violência dos confrontos entre as forças pró e contra o regime. Se acordo com o General Mood (Chefe da Missão) que disse que a situação se mostra insustentável para que a equipe possa circular pelo país, devido aos elevados riscos.

Video: Momento exato em que um helicóptero militar sírio despeja bombas de fragmentação em Daara no dia 09 de Julho 2012.


Video: Agência de notícias árabe fala sobre centenas de casos de estupro cometidos pelas milícias pró-assad:

Síria relembra Massacre de Hama em 1982 - Homenagem aos 40 Mil mortos.

O mês de Fevereiro marca o 30º aniversário do massacre de Hama. Uma data cheia de números tristes, cheia de números estatísticos absurdos. Data esta marcada pela impunidade, abuso de poder, corrupção e limpeza étnica.

Foto arquivo: "مجزرة حماة 1982 Hama Massacre"
Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 03 de Fevereiro de 2012 - 17h39min.
Atualização: 20h21min.

Quando o mês de fevereiro inicia, as lembranças começam a fervilhar na memória do povo que vive nas cidades sírias de Homs e Hama. 1982 é o ano que assinou a rejeição definitiva do regime Al-Assad como sendo alternativa de vida para o povo da Síria.

As memórias são amargas e a ausência de pelo menos 60.000 parentes, amigos vizinhos e familiares é sentida até hoje, mesmo que as autoridades internacionais não reconheçam este número como oficial.

Testemunhas que criaram páginas no Facebook em memória daqueles dias tenebrosos, contam que na primeira chacina, 25 corpos foram encontrados na entrada da Mesquita de Al-Masaud. A maioria das pessoas estavam com roupas de dormir e todas tinham seus membros brutalmente arrancados.Uma testemunha que escreveu seu testemunho na página "Hama Massacre en 1982" contou que ao ter se deparado com os 25 corpos, a sensação que teve é que a visão era tão aterradora que "até as pedras chorariam". Atônitos, os poucos moradores que se aproximaram dos corpos ficaram tempo suficiente para ver a equipe de limpeza urbana recolher as partes dos corpos para serem levadas como lixo. Ninguém nunca soube do paradeiro daqueles corpos.

Outras tristes lembranças testemunhadas nas páginas do Facebook, foram as prisões improvisadas pelo regime sírio, que na época era comandada pelo então presidente Hafez Assad, pai de Bashar Al-Assad. O ditadro esteve no poder desde 1948 até 2000, quando veio a falecer diversos problemas de saúde.

De acordo com relatórios, mais de 10% da população de Hama foi executada
pelo exército sírio em 1982. Fonte:
"Coordenação da Revolução Síria no Brasil الثورة السورية في البرازيل"
Prisões improvisadas - Olarias

As massivas prisões de manifestantes não foram adotadas nem criadas no regime Al-Assad. Elas estavam presente em todas as histórias de manifestações populares em consequência dos 48 anos de vigência da Lei de Emergência, implantada por Hafez Assad, depois que assumiu o governo e descumpriu todas as promessas de campanha nos 3 primeiros meses no poder. As prisões aleatórias e massivas eram tão absurdas que não haviam locais suficientemente espaçosos para se deter manifestantes. Por esta razão, lugares estranhos eram adotados como espécie de campos de concentração. Entre os lugares inéditos, as Olarias eram as preferidas do regime. Depoimentos registrados na página "Hama Massacre en 1982" conta que as detenções nas olarias eram muito "miseráveis". O exército mantinha os prisioneiros de consciência concentrados na parte aberta das antigas fábricas de vasos de porcelana. Lá, ao relento, sujeitos ao pesado inverno sírio e ás chuvas e ao calor, eram mantidos sem água ou comida. Normalmente os "interrogatórios" ao estilo medieval terminavam em cadáveres que eram lançados nas fornalhas ardentes das olarias.

Prisões improvisadas - Hospital Nacional

Os testemunhos das barbaridades do regime de Hafez Assad contam que no Hospital Nacional, os corpos eram amontoados uns sobre os outros. Haviam muitos corpos mutilados, perfurados ou mesmo amassados. Literalmente um monte de carne humana em decomposição. Testemunhas contam que o cheiro fétido dominava  a construção. A página "Hama Massacre en 1982" conta que pilhas de corpos eram levados para o Hospital Nacional diariamente por caminhões que antes eram utilizados para transportar carvão. Testemunhas oculares contaram para o administrador da página que esquadrões da morte já aguardavam os feridos chegarem portando facas e facões para mutilá-los e finalizá-los rapidamente. Para completar o elevado volume de mortos, o Hospital Nacional funcionava ao lado de um colégio secundário, que eventualmente foi ocupado pelo exército e seus estudantes convertidos em vítimas do massacre. Além destes lugares já citados, os estádios esportivos já eram largamente explorados como grandes centros de concentração e tortura do regime.

Bombardeios

O cenário de destruição estava por todas as partes da cidade. Não só prédios inteiros destruídos, como vilas, aldeias e o grande centro urbano de Hama. Sob a liderança da Irmandade Muçulmana, a revolução armada contra Hafez Assad estava escapando por entre os dedos como areia fina do deserto.




Mortes em massa

As invasões de residências eram diárias e perguntas não-respondidas eram compensadas com a morte. Depoimentos de sobreviventes que contaram que os homens de todas as famílias eram os mais procurados, sendo que a maioria das famílias de Hama perderam quase todos os seus homens. Há famílias citadas na página "Hama Massacre en 1982" que chegaram a perder 20 homens.

Há uma história contada pela página que 40 mulheres com suas crianças estavam se escondendo dos bombardeios numa clínica clandestina que funcionava numa cratera numa parede de um edifício moderno na época. De acordo com a fonte, para que as mulheres conseguissem chegar neste local precisaram pular as janelas, depois que bombardeios destruíram a passagem. Testemunhas contaram que o local foi descoberto pelos soldados que entraram e fuzilaram todas as mulheres e crianças. Contam que várias mulheres ficaram sangrando por muito tempo até que morreram, mas uma criança sobreviveu sobre o corpo de sua mãe, porque ela bebia o sangue materno que emanava de seu seio. Dias depois os corpos foram encontrados e o bebê foi achado com vida, apesar da saúde prejudicada.

Video: Entrevista da Aljazeera com Robert Fisk - Um dos poucos jornalistas profissionais que conseguiram entrar na Síria durante o massacre de 1982.



Estatísticas não oficiais

De acordo com relatórios da revolução e dos familiares que choram até hoje, os números de 10.000 mortos anunciados pelas Nações Unidas passam longe da realidade. O detalhe é que mesmo com números oficiais tão elevados, Hafez Assad nunca foi penalizado por seus crimes tão hediondos.

De acordo com a ativista Mai Atassi, os números não-confirmados pela comunidade internacional são:

  • 40.000 Civis mortos
  • 60.000 Detentos
  • 5.000 Sem-teto
  • 100.000 Deslocados
  • 15.000 Desaparecidos até os dias de hoje.
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/1eRonAsd5LM" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

Síria: Em Hama há falta de pão, remédios e sangue. Uma calamidade!


A Coordenação de Comitês Locais na Síria que a acessoria de imprensa recebeu um telefonema de um contato que está agora em Hama e relatou o seguinte:


Anônimo - cortesia: "KROSS_ART"
Por Saulo Valley e a Coordenação de Comitês Locais na Síria
Rio de Janeiro, 05 de Agosto de 2011 - 15h27min.
"Eu consegui escapar da cidade com a minha família, mas deixei muitos que estão vivendo a situação trágica em Hama. O número de mártires já ultrapassou 300, provavelmente já chegou a 400, a maioria dos que foram enterrados no parque de Alqusoor."
 A testemunha relatou ainda que existem mártires do exército que foram mortos pelas forças de segurança.
"Mohammed" disse que só ele carregou 27 corpos de soldados sem contar o enorme número de feridos.

Mohammed conta que muito que tinham leves ferimentos acabaram morrendo porque sangraram até a morte.
Ele conta que há pessoas que morrem com um tiro na perna, por exemplo, pois não há como chegar num hospital.

Segundo a testemunha ocular, o corte de energia fez com que os hospitais tivessem maior dificuldade para atender aos pacientes que necessitam, de cirurgia.

Ele conta que o Hospital Maternidade Alrayes é que tem sido utilizado para socorrer os feridos. Ele mesmo conta que quando esteve no hospital, viu "o segundo andar completamente queimado."

Os médicos se espalham em hospitais de campanha nos bairros de Hama, mas ainda são alvos de perseguição das forças de segurança, agredidos, humilhados, quando não são presos, principalmente nos hospitais de campanha.

Relatou que há um grande esforço para encontrar remédios fora da cidade já que no interior houve sabotagem (talvez queira dizer emboscada) e há uma corrida desesperada para encontrar todo tipo de remédios, até mesmo anti-febris infantis. A testemunha conta que por padrão as crianças estão sofrendo de febre emocional, por causa do medo das forças de segurança.

"Não temos pão também, ele foi impedido de entrar na cidade há três dias. As forças de segurança atacam o fornecimento para as lojas, estragando os alimentos para que as pessoas sejam impedidas de usá-las."

 Ele diz que nenhum remédio ou alimento passa pelo bloqueio da cidade de Hama.

Exército

"Os tanques do Exército e atiradores de segurança invadiram a cidade de Al-Asi." e segundo Mohammed, há  pelo menos 15 tanques na região, e outros seis nas redondezas seguidos por seis veículos BMP.

Atiradores

pelo menos 10 snipers estão posicionados nos telhados dos prédios e 5 no telhado da delegacia.
"Os snipers são profissionais e definitivamente não são sírios".

Ele conta que as tripulações dos tanques e os atiradores receberam ordens expressas para atiram em tudo o que se move diante deles. Até mesmo os animais são executados por pura diversão. - Informou.

O tiroteio ainda continua nas entradas do sul e do norte de Hama. Os pesados bombardeios atingiram a rua Al-Dabagha e muitas casas foram completamente destruídas, além das torres (minaretes) das mesquitas também tem sido alvos deste vândalos assassinos.

Prédios públicos

Mohammed disse que os agentes de segurança puseram fogo no prédio da prefeitura e ainda saquearam o prédio.

O palácio da Justiça também teve o primeiro andar incendiado. Ele conta que bandidos de tribos vizinhas (Shabiha) são levados para insultar o povo da cidade (para provocar um confronto civil).

Residências

As casas foram invadidas com o uso da força e da brutalidade e mohammed disse que os acontecimentos tem sido semelhantes aos do ano de 1982, quando Hafez Assad, o pai de Assad ordenou que o povo fosse assediado, torturado e morto. Até hoje não se sabe a quantidade exata de mortos. Oficialmente falam em 10.000 mas na Síria inteira fala-se em 30 ou 40 mil civis mortos.


Civis armados

Mohammed disse que apesar dos boatos, não há como ter civis armados. Suas casas são invadidas e fora de suas casas os excessivos franco-atiradoes executam a qualquer um que ouse atirar uma única pedra.
"Ninguém entre nós está armado, as mentiras do regime são inacreditáveis ​​por qualquer pessoa. A maior arma que qualquer um pode sempre ter em Hama é um rifle de caça e há muito poucos deles, e à luz do bombardeio contínuo e sniping ninguém pode jogar até mesmo uma pedra."
 "Você pode imaginar o que é? dia bombardeio contínuo e noite? ele só pára por algumas horas para eles para fazerem uma pausa, não porque têm misericórdia para nós. Este é o presente de Bashar para nós no Ramadã". - CCLSyria

Mesquitas

Em Latakya há informação comprovada de que forças de segurança cercaram as mesquitas para impedir que as pessoas fizessem manifestações logo na saída do templo, mas ainda há informações de que em Damasco e e outras cidades muitos foram atacados ainda dentro das mesquitas enquanto oravam.

<iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/XUrdkwZbZTU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

Em Damasco as pessoas foram supreendidas com golpes de cacetetes e bastões elétricos quando estava de joelhos orando. Comitês Locais da Síria disseram que as forças de segurança atacaram durante as orações do meio-dia. Depois dos espancamentos iniciaram um tiroteio ainda no interior do templo sagrado, o que provocou a morte de 4 fiéis. Outras dezenas de pessoas ficaram feridas.

No lado de fora  atiradores utilizando uma metralhadora do tipo PKC matarem e feriram mais de 20 pessoas 
simultâneamente. 

Outras 10 pessoas foram atacadas perto da ponte ao mesmo tempo durante uma manifestação.

<iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/46oDMvQ9pZA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>

Estatisticas

Searching this blog

Popular Post

Facebook

Blog Humans by World Peoples

Send to a Friend

Share |

Support Us, Please?

Country Counter

Followers

BlogHumans NGO. Powered by Blogger.

- Copyright © Middle East Daily -Metrominimalist- Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -