Translate

ONU: Em 90 minutos discutirá crise Síria e em 1 dia os velhos crimes de Israel.

Neste fim de semana em apenas 1 dia 144 pessoas foram mortas pelo regime sírio. Nesta terça, mais de 85 civis massacrados. Os mais de 15.000 civis mortos em 16 meses de luta contra os crimes da ditadura Assad não serão suficientes para ganhar prioridade das Nações Unidas, que ao invés disto, discutirá por 90 minutos a situação do país e no restante do dia discutirá as velhas acusações e as velhas infrações de Israel, reclama UNWatch.
Presidente sírio em discurso de recepção do novo governo - 27-06-2012  
Por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional na Revolução Árabe do BlogHumans) 
Rio de Janeiro, 27 de Junho de 2012 - 08h19 GMT-3

Nova sessão das Nações Unidas a ser realizada nesta quarta levantará diversos temas importantes, mas para a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, os simplórios 90 minutos destinados à discussão do massacre corrente na síria são insuficientes.

Crimes contra médicos e pacientes

Jamil Nasser, um ativista sírio colaborador do BlogHumans disse nesta manhã que o regime sírio está adotando a estratégia de "cortar as mãos dos médicos que socorrem opositores feridos pelas forças de repressão da Síria". Outro relato vindo de Homs e de Hama é que há grupos de extermínio operando dentro dos hospitais que aplicam injeções letais em qualquer pessoa ferida que dá entrada nas enfermarias. Segundo as fontes ligadas à área da saúde que não podem ser identificadas, agentes do governo se passam por funcionários da saúde e aplicam as injeções que matam os pacientes em até 24 horas.

Guerra

Enquanto isto os confrontos continuam com crescente nível de violência. Uma guerra civil não-declarada pela comunidade internacional. Nesta manhã fomos informados por fonte desconhecida e não confirmada que uma rebelião acontece agora no batalhão de tanques na cidade de Deir Al-Azour. De acordo com a fonte pelo menos 47 tanques sírios foram incendiados (não-confirmado ainda). O ativista membro do JIRABH Jamil Nasser disse nesta quarta que o presidente sírio discursou hoje declarando:

"Estamos em caso de uma guerra real, em todos os sentidos do significado da palavra." Bashar Al-Assad foi citado como dizendo.

Esta declaração foi feita nesta terça pelo presidente sírio durante a apresentação oficial do "novo governo" após a dissolução da antiga estrutura no último sábado, quando emitiu o decreto nº 210 para a formação do novo governo. Os membros do governo são os mesmos da estrutura anterior. Agora com a chefia do Dr. Riad. O presidente sírio pediu ao novo governo para melhorar a comunicação com o povo sírio e conceder mais informações além de buscar implementar "reformas administrativas" visando a manutenção da "infraestrutura" do governo "outrora devastada pelos terroristas" - disse a SANA agência de notícias do governo. De acordo ainda com a SANA, o governo sírio deverá reforçar as relações com a "Rússia, países do Oriente, América do Sul e África."

Nasser também informou que nesta manhã um funeral rebelde enterrou 106 pessoas ligadas à segurança síria.

Síria: Silêncio mortal: Ativistas se calam diante do desinteresse global.

As mortes na Síria  não param. A escalada de violência cresce com a corrida desesperada do regime sírio para esmagar seus opositores, que neste momento estão completamente sozinhos e com escassez de suprimentos. Na sexta, o saldo de mortos chegou a 144. Mas ninguém fala a respeito. Os ativistas estão em silêncio.


Por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional na Revolução Árabe)
Rio de Janeiro, 24 de JUnho de 2012 - 08h59 GMT-3

Logo após o anúncio do chefe da UNSMIS sobre a suspensão do trabalho dos Observadores na Síria em decorrência da crescente violência, um silêncio ensurdecedor tomou conta da comunidade internacional de ativistas de Direitos Humanos e ativistas políticos. Após 16 meses de confrontos intensos, saldo médio de mais de mil mortes de civis por mês e enorme desgaste físico e emocional, sem falar os mais de 500 ativistas sírios que pagaram com a vida... Nada mudou.

Bashar Al-Assad continua oprimindo, reprimindo e destruindo tudo e todos ao seu redor. Comunidade internacional cansada de confirmar as causas das mortes no país, procura os meios mais controversos possíveis, enquanto fala sobre cessar definitivamente a mortandade, cria oportunidades para que as mortandades continuem em ritmo cada vez mais acelerado e crescente. De que forma? Se limitando a declarações fortes e concedendo mais prazos ao ditador Bashar Al-Assad para cessar a violência. Pedir para o regime sírio cessar a violência de forma imediata é o mesmo que ordenar que esmague a oposição em 24 horas. Pressão esta que vem também da China, Rússia, Iran, Venezuela e Índia, dentre tantos aliados.

Na prática mais de 80% dos ativistas deixaram de falar sobre a Síria no decorrer das últimas 2 semanas. Este sinal claro de desgaste e revolta tem completa ligação com a situação crítica que as Nações Unidas têm se encontrado. Dividida entre estados pró-assad e anti-assad, a ONU parece a Síria. A maioria é contra, mas a minoria é mais forte (china, Russia, Irã, Índia, entre outros).

Um apagão de informações natural que atingiu a internet, sem que o regime sírio tenha sido diretamente responsável, apesar de ser a razão da angústia internacional que levou milhares de ativistas a se calarem mediante a tão macabra campanha política armada contra sua oposição...

A tendência é o povo sírio se fechar em sua própria guerra, aliando-se a grupos e milícias independentes e privadas


..ou se deixando massacrar como ovelhas mudas no matadouro. Um castigo lastimável.

Síria: Ataque a Observadores obriga ONU a suspender missão de paz.

O chefe da UNSMIS suspendeu a atividade da missão dos Observadores depois que constatou a escalada desenfreada da violência armada e que uma das viaturas oficiais foi violentamente atacada nesta terça.

Algumas das marcas da violência contra os observadores, casadas por ataques
de civis usando barras de ferro em Al-Haffah 12-05-2012 "Snapshot"
Por Saulo Valley para JIRABH (Jornalismo Internacional na Revolução Árabe do BlogHumans)
Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2012 - 19h20 GMT-3 Atualização 21h59

O regime sírio repetiu a estratégia para manter os Observadores em completo risco, à fim de impedir que novas provas de crimes do governo fossem coletadas em função dos muitos massacres de dezenas de civis quase todos os dias no país. Esta estratégia foi utilizada para que a Liga Árabe acabasse desistindo da manutenção do plano de paz e recolhesse seus observadores. Em função da violência a qual a missão estava exposta, e reclamando da "falta de interesse das partes envolvidas num cessar fogo" o diálogo entre a Síria e a Liga Árabe foi interrompido e os arquivos foram transferidos para as Nações Unidas. Foi em Abril de 2012 que a Missão de Observadores das Nações Unidas deu início à tentativa frustrada de intermediar o diálogo entre regime sírio e oposição.

Na semana passada o chefe da UNSMIS Major General Robert Mood revelou que populares haviam atacado violentamente o comboio de observadores na entrada de Al-Haffah, durante a a ocupação do exército sírio, que deixou a comunidade internacional apreensiva.

Segundo os relatórios mais recentes divulgados pelas Nações Unidas, os últimos 10 dias têm se mostrado extremamente difíceis para a missão.

"A escalada da violência está limitando nossa capacidade de observar, verificar, relatório, bem como auxiliar no diálogo local e projectos de estabilidade", afirmou o Maj. Gen. Robert Mood em coletiva de imprensa em Damasco na Quinta. Ver vídeo em inglês:

"A falta de vontade das partes para buscar uma transição pacífica, e o impulso para alcançar posições militares avançadas está aumentando as perdas de ambos os lados: civis inocentes, homens, mulheres e crianças estão sendo mortas todos os dias. Também representam riscos significativos para nossos observadores." completou.
O chefe da missão afirmou que os observadores e recolherão para sua base de operações na Síria e aguardarão novas ordens. Disse que a equipe tem muita vontade para continuar cumprindo se dever, mas pretende voltar a atuar assim que perceber que as condições estiverem favoráveis.

"... o Governo sírio tomou algumas medidas - como chegar a um acordo sobre modalidades para fornecer apoio humanitário - a realidade é que o uso da força continua com uma intensidade alarmante", os relatores especiais, disseram em um comunicado em conjunto. "As medidas tomadas são insuficientes." - Disse a missão.
Em resposta à declaração do chefe da Missão de observadores, a SANA (agência de notícias estatal da Síria) publicou o que seria uma fala do Min. de Negócios Estrangeiros Gen. Maude:

"..A Síria afirma o seu respeito para o Plano Annan e seu compromisso com a segurança absoluta da vida dos observadores" Sana Syria.

Na matéria seguinte revela o esforço do regime para perseguir os "terroristas" que entram pelo Líbano e pela Turquia (FSA Exército Livre formado por dissidentes do exército regular sírio e se uniram à oposição ao regime Al-Assad), ainda uma outra matéria de capa que cita o especialista russo Igor Korothenko como afirmando que a Síria enfrenta uma "conspiração externa que envolve Washington, Londres e França, Turquia, Qatar e Arábia Saudita.

Relatório da CCLSy (Comitê de Coordenação de Locais da Síria) revelou que 48 pessoas foram mortas pelo regime sírio nesta sexta em todo país.


  • 12 mortes nos subúrbios de Damasco
  • 9 em Homs
  • 10 martyrs em Daraa
  • 6 em Deir Ezzor
  • 6 em Aleppo
  • 2 em Damascus
  • 2 em Idlib
  • 1 em Raqqa

Estatisticas

Searching this blog

Popular Post

Facebook

Blog Humans by World Peoples

Send to a Friend

Share |

Support Us, Please?

Country Counter

Followers

BlogHumans NGO. Powered by Blogger.

- Copyright © Middle East Daily -Metrominimalist- Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -