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Posted by : Unknown July 12, 2011

Desde o início dos protestos na Síria é que as prisões aleatórias vêm acontecendo. Há 4 meses 15 crianças foram presas pela "inteligência" e hoje mais de 15.000 sofrem tortura e sobrevivem em condições deploráveis.




Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2011 - 17h22min.

Mutilados, perfurados à tiros, queimados por pontas de cigarro, choques elétricos, entre outros métodos utilizados na segunda guerra mundial, assim são tratadas, crianças, mulheres, jovens, trabalhadores e idosos.

Basta que tenham dito qualquer coisa em oposição ao governo, e lá estão as forças de segurança investigando... Invadindo escolas primárias, universidades, templos, residências e estabelecimentos comerciais e trazendo presos os primeiros que encontram.

Obrigados a fazer declarações de amor ao Exército, ao regime e ao presidente Bashar Al-Assad, sob torturas e risco de perder a vida, a população se vê diante de um dos mais macabros momentos de sua história.

De acordo com a Comissão de Coordenação Local da Síria, mesmo com a lei de emergência aparentemente suspensa, "o regime sírio continua a deter manifestantes pacíficos, ativistas, jornalistas e blogueiros em todo o país."

A Comissão informou que pelo menos 53 detentos morreram sob tortura das mãos das forças de segurança. destacando ainda os incontáveis casos de sequestro cujas localização das vítimas nunca foram informadas.

De acordo com a Coordenação, só o serviço de inteligência sírio mantém cerca de 4 Mil pessoas presas na base da Força Aérea em Damasco.

Omar Idliby, porta-voz da Comissão de Coordenação Local, denunciou:
"Mesmo os corpos dos mártires não foram poupados de detenção, com o objectivo de negociar (os cadáveres), e várias das famílias dos mártires sofreram detenção, com o objectivo de exercer pressão sobre eles e para impedi-los de falar sobre os detalhes das mortes de seus filhos..."

O porta-voz denuncia ainda que "manifestantes pacíficos foram detidos feridos dos hospitais bem como  membros das família dos manifestantes para que os outros manifestantes se entregassem às forças de segurança."

Idliby conta que apesar de que o governo da síria ter anunciado a emissão de decretos de "anistia" o número de presos beneficiados pelo decreto é insignificante em comparação com a porcentagem de criminosos comuns que são libertados.

 Idliby informou que:
"Dezenas de prisioneiros da revolução na Prisão Central em Adra continuam em greve de fome há duas semanas, e eles exigem ser incondicionalmente libertados, incluindo os manifestantes e os prisioneiros de consciência detido antes da revolução."

O porta-voz da Coodenação Local aponta que o governo da Síria busca por meio das detenções maciças e o assédio e a tortura, fragilizar o espírito dos manifestantes e desestimulá-los a prosseguir com o levante pela liberdade e democracia, mas lembra que o espírito do povo da Síria não se abate "pelo cerco imposto pelos tanques e não vão se dobrar à brutalidade e crueldade das prisões."

Reação internacional

No dia 11 de Julho, a Anistia Internacional pediu ao Tribunal Penal Internacional que inicie as investigações pelos crimes contra a humanidade praticados pelo governo Al-Assad, destacando:

"De acordo com pesquisas da Anistia Internacional, as violações dos direitos humanos cometidas pelas forças de segurança da Síria e do exército desde que os protestos em massa começou em meados de março incluem assassinatos e tortura. Eles parecem ter sido cometidos como parte de um ataque generalizado -, bem como sistemática - ataque contra a população civil e, em alguns casos, a quantidade de  crimes contra a humanidade. "
EUA


A secretária Hillary Clinton disse ontem (11-07) que o presidente Bashar Al-Assad perdeu a sua legitimidade e que ele não é alguém indispensável, que "nada se pode fazer sem ele."


O governo da Síria rebateu as declarações de Clinton dizendo: "Essas declarações são propositadamente ato provocativo para a continuação da crise interna"...


Isto aconteceu poucos dias depois que o embaixador americano na Síria saiu do consulado em Damasco com uma equipe percorreu as ruas de Hama e dar apoio aos manifestantes, ato este que foi repudiado pelo governo Sírio com todas as forças, que acusou os Estados Unidos de estarem envolvidos na crise interna do país.

Enquanto EUA recebe a culpa pela crise síria, as prisões e as torturas de manifestantes civis continuam em elevada progressão. Os manifestantes passaram protestando durante todo o dia e as suas manifestações prometem atravessar a noite pedindo a libertação dos presos de consciência, dos presos políticos e o fim das torturas.

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