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Posted by : Unknown March 15, 2012

De acordo com Mike Arab importante ativista sírio, Riad ordenou o fechamento da embaixada saudita na Síria e a volta de todos os seus funcionários, após ter expulsado os diplomatas sírios do país, em concordância com o Conselho do Golfo, que também pediu o encerramento das atividades de sua embaixada na Síria por razões de segurança.


"Snapshot"

Por Saulo Valley - Rio de Janeiro, 15 de Março de 2012 - 08h12min.

As primeiras horas do dia pareciam silenciosas. Mudas. Na verdade: Tristes. Hoje, a revolução síria completa 1 ano de massacres de mais de 7500 civis, entre elas pelo menos 600 crianças. Milhares de presos políticos e de consciência, e um grande número de desaparecidos. 

Dia de homenagear a todas as crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosos que foram sacrificados pelo regime sírio por sonhar com a liberdade. Quase uma centena de bebês ainda na maternidade, nascidos em berço de repressão e escravidão, tiveram suas vidas retiradas antes que pudessem reconhecer visualmente seus pais. Uma guerra não-declarada contra todo o país. Um genocídio sem punição, culpa ou pesar. Esquemas comerciais traçados e fechados secretamente subsistem mediante ao clamor mundial pelo fim do massacre de pessoas inocentes na Síria. Uma calamidade.

Ainda sem possibilidade de deixar o país, o ditador Bashar Al-Assad impõe sobre a sociedade civil um duro castigo coletivo. Uma masmorra nacional. Do lado de fora, líderes internacionais que mal conseguem administrar suas próprias crises, procuram meios de negociar, o inegociável. Vidas não deveriam ter preço. Mas têm.

Não para nós, pobres mortais, mas para presidentes, reis, e ditadores, um "punhado de corpos" pode valer uma posição no poder, no controle de um país ou do mundo. Negociações indecentes à parte, o povo sírio permanece às escuras. De massacre em massacre, a exemplo do que aconteceu no bosque em Homs, quando 45 pessoas foram sequestradas da cidade por 3 grupos de agentes de segurança do regime sírio protegidos pelo exército. Mais tarde seus corpos foram encontrados nos bosques com diferentes sinais de crueldade. Alguns sangraram até a morte. Dezenas de mulheres e crianças que estavam dentro de suas casas com medo do conflito foram executadas por 3 diferentes métodos de torturas, entre eles carbonizados.

A Revolução Síria

Uma manifestação pacífica que no dia 15 de Março de 2015 era liderada pela ativista política Suhair Atassi, em que cerca de 40 pessoas empunhando cartazes diante do palácio da justiça, pedia a soltura de presos políticos e intelectuais ligados aos direitos humanos internacionais e ao estudo da democracia.

Como resposta, tropas militares tomaram as ruas espancando e prendendo os membros daquela silenciosa manifestação. Neste momento, as demandas silenciosas foram substituídas pelos gritos de dor e desespero.
Arrastados como animais, os manifestantes, que em sua maioria eram mães e parentes de 15 adolescentes do ensino fundamental presos pelo Serviço Secreto Sírio por "incitação contra o Estado e Motim". Também haviam amigos e políticos de oposição sem partido que pediam a soltura de seus companheiros, presos por manifestar publicamente oposição à ditadura de Al-Assad.

Enquanto a violência crescia dia-após-dia, o texto escrito no muro da escola em Dara pelos estudantes presos: "As pessoas querem derrubar o regime, Bashar é a sua vez" ganhou o país. Em resposta à repressão insana, o grupo de 40 foi substituído por outro grupo de manifestantes que agora somavam 300.
Todos pediam a libertação de todos os presos de consciência e o fim da tortura das crianças. Com a volta das forças de segurança na repressão dos novos manifestantes, outras cidades começaram a se manifestam em solidariedade aos manifestantes atacados e presos. Dias mais tarde, o número destes populares reunidos pacificamente pelo fim da ditadura chegava a 3000. A resposta do regime sírio era sempre a mesma. Violenta repressão. Perto do dia 15 de Abril, a cidade de Dara sofreu seu primeiro cerco seguido de tiroteio aleatório pelo exército e snipers. Ao deixar a cidade no dia 22 de Abril, a primeira vala comum foi encontrada, tendo entre os mortos homens, mulheres e crianças.

Quando os homens adultos começaram a ser presos, os jovens assumiram a liderança do movimento e começaram a pedir o fim da repressão. Eram eles quem caminhavam na primeira fila das manifestações, oferecendo-se para ser alvejado pelos atiradores de elite do regime sírio. Em Maio os adolescentes passaram a ocupar as primeiras filas das manifestações juntamente com os jovens que pediam à comunidade internacional e às agências oficiais de notícias que atentassem para a brutalidade das ações de Al-Assad, que respondia com fogo cada vez maior, inclusive com a contratação de especialistas russos e iranianos em massacres. O Hamas ganhou força e foi sendo cada vez mais frequente nos massacres de manifestantes. O serviço Secreto que se limitava a invadir casas atrás de ativistas e líderes do movimento, passou a invadir as redes sociais e roubar informações que entregassem também os colaboradores da agora denominada Revolução Síria 2011

Na metade deste ano de revolução, o regime sírio, empurrado pelo partido Ba'ath, presença forte nas escolas e os 11 Serviços de Inteligência da Síria, começaram a varrer as salas de aula. Colégios públicos e universidades foram invadidos, destruídos e muitos transformados em prisões improvisadas ou em centros de torturas de estudantes, professores e civis.

Como resposta milhares de estudantes se negaram a voltar para as salas de aula, preferindo sair em manifestações pedindo o fim do regime de Bashar Al-Assad. Para impressionar a comunidade internacional que exigia explicações ao presidente sírio, estudantes e funcionários passaram a ser obrigados a sair em massivas passeatas em louvor a ele mesmo (como acontecerá hoje 15 de Março de 2012, no aniversário da Revolução). Mas neste tempo presente a palavra de Bashar Al-Assad pouco importa para a comunidade internacional, que já não precisa de provas nem de relatórios produzidos pelo regime para esclarecer o que realmente acontece no país, nem o que tem causado tamanha desgraça ao povo sírio.

Mesmo assim, 12 meses depois o povo vive dias ainda piores e Al-Assad se mantém imune a qualquer esforço pacífico (ou não) internacional. Cansada de "negociar com ninguém" a Liga Árabe deixou de tentar conversar com o regime sírio, do qual não faz mais parte. Protegido pela Rússia, China, Índia e Iran, que ainda permanecem fornecendo e vendendo suporte técnico para o massacre do povo, o regime sírio espera se impor ainda mais e derrotar o mundo que assiste impaciente ao genocídio.

Ontem Assad ameaçou enviar mísseis contra as capitais saudita e jordaniana ao ser informado pela inteligência síria da intenção de implantação de uma Zona Tampão (em parceria com EUA e Israel) à partir de Dara, perto da fronteira com a Turquia.

Com sinais de estar longe de terminar, a disputa entre democracia e ditadura na Síria (EUA e Rússia) permanece no zero-a-zero enquanto quem realmente está perdendo é a população que assiste a tudo como refém desta tragédia. Partindo para uma solução pouco desejada, os populares pedem ajuda internacional para que enviem armas e munições para que lutem por sua própria libertação. Há pelo menos 3 meses a NATO não se pronuncia mais a respeito e as Nações Unidas se limitam ao caminho da diplomacia.

Relatório de ontem na Síria fornecido por Mike Arab

"Forças do regime continuam a bombardear a cidade de Qasir e os bairros de Khaldiya, Jab Jandali , Bab Dreib, Safsafa, Ghouta e Qosur na cidade de Homs, enquanto a sua campanha militar continuou na província de Idlib sobre as cidades de Idlib, e Jabal Zawiya, e na cidade de Hama e da cidade de Qal Madiq."
"Arbitrárias campanhas de varredura e prisão ocorreram nos subúrbios de Damasco de Kafarbatna, Awamid Harran, e Erbin, nas cidades de Hiffa e Jankil em Lattakia, Bazzaa em Aleppo, e a cidade de Deir Azzour. Enquanto isso, o bombardeio continuou nas cidades de Bosr al-Harir e Shamas Kafar na província de Daraa. forças de Assad mataram pelo menos 60 hoje, enquanto os confrontos ocorreram entre revolucionários e as forças do regime, na cidade de Hasaka e da cidade de Nawa em da província de Daraa."

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